Construindo uma segunda casa no Maine que seja fiel ao meio ambiente

Stewart Roberts, tendo diminuído o tamanho da casa da família em Carlisle - que ele e sua falecida esposa e parceira arquitetônica, Karla S. Johnson, projetaram - construiu um refúgio em Westport Island, Maine, a pedido de suas filhas agora crescidas. "É um local rochoso cercado por abetos e pinheiros em um rio de maré", diz ele. Um lugar perfeito para a família se reunir e para Roberts organizar retiros de jazz com amigos.

O projeto deu a Roberts a oportunidade de revisitar suas raízes arquitetônicas: na década de 1970, antes de dedicar sua carreira a projetar bibliotecas públicas, o arquiteto se concentrou em casas solares passivas e outros edifícios que empregavam técnicas experimentais de economia de energia. O refúgio do Maine seria uma casa moderna e zero, cuja arquitetura reflete a maneira como foi construída.

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Em termos de energia, Roberts aponta a "pele" como o aspecto inovador do projeto. "Há uma camada contínua de isolamento externo na parte externa da estrutura que se estende das sapatas até o telhado, criando um envelope hermético extremamente eficiente", diz ele. Isso ajuda a casa de 2.500 pés quadrados a ficar quente no inverno e fresca no verão, mantendo a energia usada para aquecê-la e resfriá-la ao mínimo. "Trata-se de mover energia, não de produzi-la", explica Roberts. "Um ventilador de recuperação de energia puxa o ar fresco para dentro de casa e empurra o ar viciado para fora enquanto transfere a umidade contida neles também."

Que o edifício destaque os métodos de construção é parte integrante da filosofia de projeto de Roberts de que a arquitetura seja direta e os materiais honestos. Como há 6 polegadas de isolamento nas paredes externas da casa (além do isolamento dentro da estrutura, nas vigas e no telhado), as laterais da casa se projetam sobre a fundação e se projetam além das janelas, criando um conjunto profundo efeito. O revestimento de choupo modificado termicamente, deixado cru, ficará cinza naturalmente e nunca apodrecerá. "A madeira foi cozida para remover umidade, açúcar e óleos", diz Roberts. "Qualquer coisa que um inseto desejasse se foi."

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Com exceção do piso de nogueira, Roberts detalhou o interior do espaço aberto, desde os armários até os painéis das paredes, com compensado de bétula do Báltico. Assim como nas esculturas de compensado que faz na oficina atrás da cozinha, Roberts deixou as bordas inacabadas para revelar as camadas laminadas da madeira. "Sempre que posso expor uma aresta, porque quero que as pessoas saibam que é madeira compensada", diz Roberts.

O mesmo vale para a mesa de centro, mesas laterais e mesas de jantar que o arquiteto projetou e o marceneiro construiu no local. "Eles são feitos no espírito dos primeiros modernistas que projetaram móveis usando o mesmo material da casa", diz ele.

A casa está orientada para o rio, com a sala principal no piso superior para melhor captar a vista. A área de estar possui janelas do chão ao teto de 14 pés de altura, e a janela do canto ao lado da televisão oferece uma vista de 180 graus do rio. "É um truque de Frank Lloyd Wright abrir os cantos de uma sala para que ela pareça mais conectada ao exterior", observa Roberts.

A varanda telada, que se projeta da lateral do living para não atrapalhar a vista, abre-se totalmente para a área de jantar por meio de uma porta sanfonada. "Quando está aberto, faz com que toda a casa pareça uma varanda com tela", diz ele. As colunas de madeira da varanda são pintadas de marrom chocolate, ajudando a estrutura a se misturar com o ambiente. Ao sentar ou comer lá fora, é como se você estivesse na floresta. Enquanto isso, as telhas Heath Ceramics verdes musgosas usadas para o backsplash da cozinha puxam a cor da floresta dentro da casa.

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O quarto de Roberts, um pequeno espaço iluminado com uma janela de canto, fica do outro lado da sala de estar, além da entrada de porcelanato. O banho de nível superior está escondido atrás dele. "Os quartos e banheiros são modestos", diz ele. "Eles são concebidos como quartos básicos de hotel, com guarda-roupas em vez de armários, porque é tudo o que precisamos aqui." Suas filhas, seus parceiros e seu neto de 1 ano e meio dividem o nível inferior, onde há três quartos, um banheiro e fácil acesso ao pátio de granito com móveis de Frank Gehry em forma de pedra.